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segunda-feira, 26 de maio de 2014

A Gralha Azul



De acordo com a lenda, a muito tempo atrás, a gralha azul era apenas uma gralha parda, semelhante as outras de sua espécie. Mas um dia a gralha azul resolveu pedir para Deus lhe dar uma missão que lhe faria muito útil e importante. Deus lhe deu um pinhão, que a gralha pegou com seu bico com toda força e cuidado. Abriu o fruto e comeu a parte mais fina. A outra parte mais grodinha resolveu guardar para depois, enterrando a no solo. Porém, alguns dias depois ela havia esquecido o local onde havia enterrado o restante do pinhão.
A gralha procurou muito, mas não encontrou aquela outra parte do fruto. Porém, ela percebeu que havia nascido na área onde havia enterrado uma pequena araucária. Então, toda feliz, a gralha azul cuidou daquela árvore com todo amor e carinho. Quando o pinheiro cresceu e começou a dar frutos, ela começou a comer uma parte dos pinhões e enterrar a parte mais gordinha (semente), dando origem a novas araucárias. Em pouco tempo, conseguiu cobrir grande parte do Estado do Paraná com milhares de pinheiros, dando origem a floresta de Araucária. 
Quando Deus viu o trabalho da gralha azul, resolveu dar um prêmio a ela: pintou suas penas da cor do céu, para que as pessoas pudessem reconhecer aquele pássaro, seu esforço e dedicação. Assim, a gralha que era parda, tornou-se azul

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A COBRA - HONORATO




     Cobra Norato, ou Honorato, é uma das mais conhecidas lendas do folclore amazônico. Conta a lenda que em numa tribo indígena da Amazônia, uma índia, grávida da Boiúna (Cobra-grande, Sucuri), deu à luz a duas crianças gêmeas que na verdade eram Cobras. Um menino, que recebeu o nome deHonorato ou Norato, e uma menina, chamada de Maria Caninana.
          Depois de nascidos, ao perceber que eram "Cobras", ela resolveu se aconselhar com um Pajé, e perguntou se devia matá-los ou jogá-los no rio. O Pajé, então respondeu que se os matasse ela morreria também. Então ela decidiu soltá-los no leito do rio Tocantins.
           Lá no rio eles, como Cobras, se criaram. Honorato era bom e vinha sempre visitar a mãe. Por outro lado, sua irmã, "Maria Caninana", que era a mais pura expressão da maldade, nunca veio. Assim mesmo andavam sempre juntos e percorreram todos os rios da Amazônia.
"Maria", sendo muito má, um verdadeiro demônio, fazia muitas travessuras que desgostavam o irmão. Alagava canoas, mexia com os bichos, assombrava e afogava viajantes e banhistas, fazia naufragar embarcações, cometia, enfim, toda sorte de maldades. 
              Eram tantas as maldades e atentados praticadas por ela que, um dia, Honorato acabou por matá-la para por fim às suas perversidades. Honorato, em algumas noites de luar, perdia o seu encanto e adquiria a forma humana transformando-se em um belo rapaz, deixando as águas para levar uma vida normal na terra. 
 Dizem que, Honorato, como entidade encantada, quando queria, à noite (só à noite) transformava-se em gente, deixando à beira do rio, a monstruosa casca da cobra em que vivia. Gostava muito de dançar. Era um moço alto e bonito. 
Muitas vezes ia dormir em casa de sua mãe, e então, pedia encarecidamente a esta que, antes do galo cantar, fosse ela à beira do rio, onde estava sem ação o seu corpo de cobra e que, deitando-lhe um pouco de leite na boca, lhe desse uma cutilada que o fizesse sangrar. Feito isso, ficaria ele desencantado para sempre. 
A Mãe de Honorato foi muitas vezes tentar fazer isso, mas era tão grande, feia e monstruosa a cobra, que ela não tinha coragem e voltava sem ser capaz de cumprir o que lhe pedira o filho. Ele, porém, garantia que a cobra, apesar da aparência, nada lhe faria de mal. 
O mesmo pedido fez eles a muitas outras pessoas, garantindo a mesma coisa, mas quando iam elas cumprir o pedido e viam tamanho monstro, corriam aterrorizadas para trás, e por isso ele não podia desencantar

sábado, 15 de fevereiro de 2014

a cuca

                                                           A Cuca
              Certo dia, logo depois de sair da escola um grupo de crianças decidiu acampar no meio da mata.
O garoto mais novo estava com muito medo , pois eles não tinham avisado  os pais sobre o plano .
              As outras crianças zombando dele e decidiram que ele não iria mas participar da aventura. Então , passaram em suas casas e pegaram algumas coisas e foram para a mata.
              eles chegaram a margem do rio quase a noitecer . Estavam com fome e muito frio, fizeram uma fogueira e comeram a pouca comida que tinham levado. Então decidiram passar s noite contando historias de terror.
             Algum tempo depois, ouviram barulhos estranhos vindo da mata, nessa hora o menino mais velho lembrou-se de uma lenda que seus pais lhe contaram anos antes.
            O menino contou que no meio da mata , mora a cuca, uma velha feia , parecida com um jacaré que adora pegar crianças desobedientes , logo em seguida, as crianças ouviram um grito muito alto , e o garoto lembrou-se de que a cuca costuma berrar quando esta irritada.
              As crianças ficaram com medo e começaram a chorar , pois pensavam que a cuca estava brava, final , eles haviam desobedecido seus pais.
              De repente, um deles viu dois pontinhos brilhantes na escuridão e pensou que fossem os olhos da cuca. Mas eram apenas lanternas! O caçula que tinha sido expulso da mata contou o plano para os pais , que se reuniram foram para a mata,
             As crianças voltaram para casa com fome, com sede , cansadas, assustadas e principalmente arrependidas.













joão de barro



                                                                             joão de barro

Há muito tempo, numa tribo do sul do Brasil, um jovem se apaixonou por uma moça de grande beleza. Jaebé, o moço, foi pedi-la em casamento.
O pai dela então perguntou:
- Que provas podes dar de sua força para pretender a mão da moça mais formosa da tribo?
- As provas do meu amor! - respondeu o jovem Jaebé.
O velho gostou da resposta, mas achou o jovem atrevido, então disse:
- O último pretendente de minha filha falou que ficaria cinco dias em jejum e morreu no quarto dia.
- Pois eu digo que ficarei nove dias em jejum e não morrerei.
Todos na tribo ficaram admirados com a coragem do jovem apaixonado. O velho ordenou que se desse início à prova. Então, enrolaram o rapaz num pesado couro de anta e ficaram dia e noite vigiando para que ele não saísse nem fosse alimentado. 
A jovem apaixonada chorava e implorava à deusa Lua que o mantivesse vivo. O tempo foi passando e certa manhã, a filha pediu ao pai:
- Já se passaram cinco dias. Não o deixe morrer.
E o velho respondeu:
- Ele é arrogante, falou nas forças do amor. Vamos ver o que acontece.
Esperou então até a última hora do novo dia, então ordenou:
- Vamos ver o que resta do arrogante Jaebé.
Quando abriram o couro da anta, Jaebé saltou ligeiro. Seus olhos brilharam, seu sorriso tinha uma luz mágica. Sua pele estava limpa e tinha cheiro de perfume de amêndoas. Todos se admiraram e ficaram mais admirados ainda quando o jovem, ao ver sua amada, se pôs a cantar como um pássaro enquanto seu corpo, aos poucos, se transformava num corpo de pássaro!
Então foi naquele exato momento que os raios do luar tocaram a jovem apaixonada, que também se viu transformada em um pássaro. E, então, ela saiu voando atrás de Jaebé, que a chamava para a floresta onde desapareceram para sempre.
Podemos constatar a prova do grande amor que uniu esses dois jovens no cuidado com que o joão-de-barro constrói sua casa e protege os filhotes. 
Os homens admiram o pássaro joão-de-barro porque se lembram da força de Jaebé, uma força que nasceu do amor e foi maior que a morte.
E foi assim que nasceu a Lenda do João de Barro...lindo não!

A Cabra-cabriola




















UIRAPORU




















sexta-feira, 26 de julho de 2013

a vitoria regia

                                                    a vitoria regia

Há muitos anos, em uma tribo indígena, contava-se que a lua ,era uma deusa que ao despontar a noite, beijava e enchia de luz os rostos das mais belas virgens índias da aldeia, Sempre que ela se escondia atrás das montanhas, levava para si as moças de sua preferência e as transformava em estrelas no firmamento.
Uma linda jovem virgem da tribo, a guerreira Naiá, vivia sonhando com este encontro e mal podia esperar pelo grande dia em que seria chamada pela lua.
Um dia, tendo parado para descansar à beira de um lago, viu em sua superfície a imagem do deusa amada: a lua refletida em suas águas. Cega pelo seu sonho, lançou-se ao fundo e se afogou. A lua, compadecida, quis recompensar o sacrifício da bela jovem índia, e resolveu transformá-la em uma estrela diferente de todas aquelas que brilham no céu. Transformou-a então numa "Estrela das Águas", única e perfeita, que é a planta vitória-régia.
Assim, nasceu uma linda planta cujas flores perfumadas e brancas só abrem à noite, e ao nascer do sol ficam rosadas.

(folclore Brasileiro)